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ATESTADOS DUVIDOSOS

Uma empresa, situada em Campinas, contratava funcionários que logo apresentavam atestados médicos.

Surgiram na empresa algumas denúncias anônimas, relatando que essas pessoas estavam mentindo a respeito da doença informada ao empregador.

Em razão dessa queixa, partimos para a investigação das pessoas relacionadas aos fatos.

Primeiramente, descobrimos que alguns médicos, que assinavam esses atestados, eram bastante complacentes com esses colaboradores. Percebemos a ocorrência dessa situação ao realizarmos consultas com alguns desses profissionais. Durante o atendimento, apenas falamos que estávamos com alguma dor neurológica ou osteomuscular ou até alguma doença relacionada a algum expediente do trabalho e, sem ao menos efetuar qualquer exame, os profissionais atestaram a veracidade da doença e já forneceram um período de afastamento. Inclusive, foi concedida, ao nosso bel prazer, a prerrogativa de estabelecer os dias que gostaríamos de afastamento e, ato contínuo, o profissional forneceu o atestado médico estipulando a data escolhida.

Esse procedimento é adotado com frequência pelos médicos do trabalho, como se fosse um comportamento “normal” acatar os dias de afastamento solicitados pelo paciente, chegando ao absurdo de, algumas vezes, cobrarem uma taxa para o fornecimento dos atestados.

Após a constatação da conduta dos profissionais de saúde, passamos a acompanhar, de maneira totalmente sigilosa, o ir e vir dos funcionários que estavam afastados do trabalho.

Podemos afirmar que 95% deles realmente não se encontravam com a situação clínica de doente, pois saíam normalmente de suas casas para passear, andar de bicicleta, trabalhando em bicos em outros trabalhos autônomos. Aqueles que diziam que estavam com problemas neurológicos (psiquiátricos) dirigiam carros normalmente, às vezes levavam seus filhos pequenos para a escola, faziam compras em supermercados e agiam de uma maneira normal, não dando nenhum indício de que estavam debilitados.

Em relação a outros funcionários, que alegavam portar moléstias osteomusculares, chegamos a comprovar que faziam academia tanto na parte aeróbica, como na musculação, correndo e carregando pesos, não demonstrando, assim, terem qualquer patologia de ordem física, seja com os pés, seja com as mãos.

Na verdade, o que aconteceu foi uma devasta dentro da empresa por causa desses procedimentos ilícitos, já que, após saírem desse período de licença, os funcionários contavam vantagem para outros colaboradores, orgulhosos do que haviam feito, o que causou à empresa um prejuízo financeiro e moral. Após a comprovação das irregularidades, tanto por meio da parte documentada, bem como da parte fotografada e/ou filmada, o que corroborou a queixa feita pela empresa, foram realizadas algumas demissões por justa causa, devidamente homologadas pelo Ministério do Trabalho.

O “Insider Informativo” agradece a oportunidade… até a próxima.

This Post Has One Comment

  1. Anderson Fernandes

    Cada post nesse Blog é uma conquista,..

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