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Nas investigações pessoais e conjugais que o detetive Felipe Lacerda efetuou durante toda a sua carreira, que foram milhares, ele sempre percebeu que os clientes ficavam desnorteados após a comprovação de um fato, até então suspeito, sem saber o que fazer, como proceder e às vezes criando situações que agravavam ainda mais o cenário.

Ele sempre aconselhou que nesse momento é preciso ter calma, razão, e não emoção, e pensar no que poderá acontecer no dia do amanhã, pois, dependendo de sua atitude e do seu procedimento, será pior ou melhor.

O fato é que quando se descobre uma traição ou uma travessura grave do seu filho, por se tratar de pessoas que não se pode simplesmente descartar com insensatez, é preciso ser ponderado e medir as consequências, pois os atos imediatistas podem ser muito prejudiciais.

O motivo da traição, na maioria das vezes, é devido ao estado insuportável que a pessoa passa em seu próprio ambiente familiar, de maneira que nem sempre toda a culpa é do traidor, boa parcela da responsabilidade pela aventura pode ser também do traído. É muito bom analisar com muita sabedoria essa questão.

Uma travessura grave cometida pelo filho pode ser decorrente da educação que ele recebeu, quando pediu socorro e os pais não perceberam esse trauma da criança.

Na verdade, muitas são as vezes que os próprios pais querem dar uma educação antiquada, e não moderna, de acordo com os dias de hoje, confrontando a personalidade dos filhos. Eles veem do lado de fora uma realidade e dentro de seu ambiente familiar, uma adversidade.

Um pequeno exemplo foi a experiência vivenciada pelo detetive Felipe Lacerda, quando, após uma jornada exaustiva de trabalho, sua empregada, antes mesmo de entrar em casa, pediu para conversar com ele em particular, totalmente transtornada por uma situação, que dizia ser gravíssima, acontecida em seu lar.

Ao passar pela sala, o detetive Felipe Lacerda percebeu que sua filha estava com os olhos arregalados, apavorada, juntamente com seu namorado cabisbaixo, sentados no sofá.

Ao chegar ao quarto, local da conversa, a empregada informou que flagrou a filha do Sr. Felipe se relacionando intimamente com o namorado e que por ela ter somente 14 anos, ainda que o rapaz já tivesse 18 anos, era inadmissível. A funcionária, perturbada, pediu para que o detetive Felipe Lacerda tomasse medidas sérias a respeito.

Nesse momento, ele dispensou a empregada e pediu à sua filha que se dirigisse até o quarto para poder conversar com ela. Essa menina chegou trêmula; o pai, detetive Felipe Lacerda, pediu para ela se sentar a seu lado e disse-lhe o seguinte: “filha, toma muito cuidado com esses seus relacionamentos sexuais. Mas, se for inevitável, não esqueça de usar preservativo e evite ter filhos, poque além de jovem, você ainda está em pleno estudo. Mas confio naquilo que você estiver fazendo. Não esqueça que eu te amo muito e que com certeza eu acredito em você”.

A menina caiu em prantos, deu ao detetive Felipe Lacerda um abraço carinhoso e apenas falou no ouvido do detetive: “você é um pai maravilhoso.”.

Essa situação demonstra o quanto é importante dar ao filho e à esposa a confiança que é necessária para o bom relacionamento familiar, mostrando que sua reação diante de descobertas não agradáveis pode interferir diretamente no futuro da família.

Somos vulneráveis e existem possibilidades neste mundo para regenerar um bom conceito familiar somente com atitudes, como o próprio ditado diz “perde quem tem medo de perder”.

O “Insider Informativo” agradece a oportunidade… até a próxima.

Revisão de texto: Andréa Terron